Há uns tempos que não publico nada no Blog, mais por falta de tempo do que por falta de histórias.Como adepto da tecnologia comecei a escrever umas notas e até mesmo alguns "posts" completos no telemóvel .
Na segunda tive a feliz ideia de fazer um upgrade ao sistema operativo do telemóvel e não é que lá se foi tudo á vida. Raios pelo menos podiam avisar que tudo o que estava na memória ROM ia à vida.
Lá vou eu tal como o Miguel Sousa Tavares ter que voltar a escrever de memória.
Em cada jornada o viajante deve perguntar:
É official estou mesmo viciado em séries.
A primeira semana passou muito rápida é a chamada semana de preparação para férias na qual se habitua o corpo a uma nova zona horária (GMT+3).Passei metade da semana a tratar daqueles assuntos que no dia-a-dia não se tem tempo. Obviamente que pouco ou nada fiz e passei mais tempo na esplanada do que propriamente a resolver os assuntos pendentes.
Segunda semana fiz-me ao Sul há uns anitos que não ia ao Algarve, sardinhas, marisco, bolas de Berlim e Sol muito Sol foi o que encontrei, já não me lembrava como é bom sentir-me inútil de papo para o ar na praia a dar um mergulhito de 30 em 30 minutos numa bela sopa de limos.
A praia de eleição, Manta Rota, este ano com demasiadas pessoas fruto sabe-se lá de um novo espaço de diversão nocturno que por lá abriu promovido por uma abelha do nosso Jet Set.
Obviamente frequentei o espaço, o clima era agradável pontuado por vezes com uma rajada de ar mais poderosa que me convidava a sair do espaço aberto e embrenhar-me na pista de dança onde os Dj’s passavam os mais recentes Hits de Verão.
Não pude estranhar a revolução que agora fui encontrar. Quem como eu conhece a Manta Rota há mais de 25 anos (sim desde que nasci :-) ) sabe que era uma praia quase deserta. Para se chegar ao areal tinha que se passar por cima das dunas e onde até um pastor levava as cabras pela praia a beber água a uma lagoa de água doce que então aí existia .
Obrigada Li e pessoal pela companhia.
Terceira semana rumo ao Norte, adeus ao Sol, paro pela Capital, esta é mesmo a melhor altura do ano para usufruir de Lisboa. Há 7 anos deixei Lx e só aí ia para apanhar o avião, ou para algum almoço de ocasião.
A verdade é que já tinha saudades daquela luz, que teimou em não aparecer na segunda-feira, mas quando apareceu deu um encanto à cidade que só Lisboa tem.
Tempo de dar uma volta por sítios já esquecidos. Na Sé encontro uma pessoa conhecida dos meus tempos de estudante, agora ele é um viajante do mundo ausente vários meses na América do Sul onde andou a fotografar as gentes do Peru, Bolívia e Brasil. Também eu gostava de embarcar numa aventura destas, mas sozinho como ele não sei se iria conseguir. Conversamos durante um bocado enquanto a luz de Lisboa melhora e ele aproveita para tirar fotos às pessoas que por ali andam.
Caminho até as portas do Sol, subo até à Graça, o vento faz-se sentir. O Sol teima em jogar às escondidas tiro umas fotos e bebo uma “bica” até que chegue companhia.
Jantar no Chapitô …"ganda" T-Bone ainda tou a digerir o naco.
Na terça-feira deixo-me levar pelas sugestões da carochinha, e visito dois locais que ainda não tinha ido; convento de são Vicente de fora, a valer uma visita. Recomendo a exposição aí patente sobre as fábulas de La Fontaine.
Igualmente fantásticas as vistas a partir do terraço sobre Lisboa.
Sigo pela feira da ladra, onde de tudo se vende, e desço para o Panteão.
O fim da tarde aproveito para ver as exposições presentes no CCB , destaco a da Fundação do Senhor comendador B.
Fim da noite em grande com um espectáculo de circo que recomendo nofitstate. Não esperem palhaços nem ursos nem tigres, mas sim um bom espectáculo acrobático acompanhado de boa música ao vivo. Se puderem levem uma cadeirinha pois são duas horas em pé :-)
Obrigada M pela companhia nas saídas nocturnas nos dias em LX.
E agora vou mas é aproveitar os dias de férias que me restam…
Agosto só leva três dias e eu já estou farto da confusão provocada pelo inicio das férias. Não sei se será da tão apregoada crise mas este ano parece que as pessoas ficaram todas em casa não repetindo o êxodo habitual para o Algarve ou para fora do país. Este ano Agosto, para a maioria dos portugueses consiste em ir até à baixa da cidade mais próxima ver se ainda há saldos ou à procura de qualquer borla e eventualmente ir apanhar um ventinho tocado a Nortada na Praia mais próxima.
Agosto até ao ano passado significava sossego na cidade e a melhor altura para dela desfrutar.
A verdade é que hoje de manhã tentei ir patinar e logo desisti da ideia; os passeios estavam cheios de pessoas e eu ainda não estou pronto para driblar de patins multidões desnorteadas para além disso encontrar estacionamento nem se tivesse um smart.
Na auto estrada quase que levo com um carro em cima. Bandeira nacional pendurada na antena ...matrícula francesa. Eu sei que em Paris de La France existem para aí uns 7 mil taxistas portugueses, e este pela condução deve pertencer à cooperação, mas vá lá estamos de vacances... conduzam com mais calma. Eu sei que pelas matrículas das voitures que por aí andam não parece que estejamos em Portugal e a tentação de acertar num verdadeiro estrangeiro é muita.
À noite tento ir a um concerto (daqueles "à pala") a fila começa 3 km antes, desisto venho para casa escrever o blog...e ouvir la musique no relax da maison.
Bem se este pessoal fica por aqui eu parto, vou fazer as malas.. Allgarve aí vou eu.
Boas férias ...
Balanço da minha iniciação à patinagem
- três vezes que fui patinar
- zero quedas
- ainda não sei virar decentemente
- já consigo dar uns passos e manter um ritmo de corrida
- várias estórias para contar...
Este fim de semana não há treinos...
Às vezes dou por mim a dizer que gostava de experimentar determinadas coisas, sentir novas experiências e no fim acabo por nada fazer, arranjando as mais diversas e cómodas desculpas como justificativo da minha inacção.
De há uns tempos para cá comecei a elaborar a minha “Wish list” primeiro em folhas soltas que convenientemente foi perdendo, e nos últimos tempos em notas electrónicas.
Mas o problema não está na concepção e organização da lista mas sim no compromisso em executar as mesmas e deixar esta preguiça que teima em se instalar.
Como era bom que alguém montasse um negócio de “coaching” para realização e acompanhamento de desejos. Isto era capaz de ter saída, se alguém tiver interessado que avise que pode ser que se faça o plano de negócios.
Assim sendo venho deste modo tornar pública a minha lista de tarefas, desejos e aspirações de curto e médio prazo e assim me comprometo a tornar pública a sua execução.
Mais podia acrescentar, mas opto por manter uma lista pequena. Outras aspirações, não as descrevo por serem do foro mais pessoal; outras porventura até mais radicais já as experimentei ou não tou para aí virado.
Se conseguisse executar 70% deste plano já me dava por satisfeito. No final quem sabe a inclusão na lista do curso de pára-quedismo.
Amanhã começo a dar andamento a este plano, a primeira acção passa pela compra dos patins em linha e sábado começo o treino intensivo, só espero que não me parta todo se não, não passo da primeira tarefa.
Cá estarei para relatar o andamento do plano, se tudo correr bem é claro.
| Se a chama chega, | Onde estou, nada mais pode crescer ....... Boca do Mundo-Mesa |
Venham de novo os cruzamentos. Abaixo as rotundas.
O que pensamos quando olhamos o mundo a partir da janela de um avião, a percepção das coisas adquire um novo significado. Toda esta imensidão torna-nos pequenos. A melancolia invade-nos e bate mais forte quando nos encontramos a 10000 metros de altitude, talvez seja pela reduzida pressão atmosférica, talvez por este ser um espaço que apesar de partilhado com uma centena de indivíduos nos dá a liberdade de evasão e a noção de estarmos isolados de tudo o resto. É a segunda vez em que passo este dia especial dentro do espaço exíguo de um avião. E é em dias como este, em que acima de tudo o que queremos é estar junto daqueles que mais gostamos, que nos leva a questionar o que faço aqui, será que vale a pena continuar neste rumo, será que para o ano também vai ser assim? O que me trouxe até aqui e o que consegui, e o que quero.
Será que sei o que quero, será que quero continuar a navegar num mar que não sei para onde me leva. Será que posso mudar este destino? Estará na altura de mudar? Mas terei saudades deste destino?
Enfim tantas perguntas!..suspiro…continuo a olhar pela janela…o chão firme cada vez mais próximo, o sol por fim adormece, é lindo de ver... os sonhos no entanto ficam no ar.
Eu sabia que tinha que haver uma explicação científica.
Segundo o livro “Porque é que os Homens Nunca Ouvem Nada e as Mulheres não Sabem Ler os Mapas de Estradas, fiquei a saber a razão pela qual aparentemente os homens nunca conseguem encontrar nada. Tal deve-se ao facto das mulheres terem uma maior visão periférica, podendo mesmo ver tudo sem mexer as cabeça…daí terem menos acidentes em cruzamentos. Deduzo que deve ter sido após este estudo que os autarcas decidiram colocar rotundas em tudo o que fosse estrada deste país.
Mais ainda segundo este livro o sexo feminino tem menores capacidades espaciais daí a sua melhor capacidade em estacionar de ouvido :-)
O pior disto tudo é que normalmente costumo encontrar tudo onde deixo. Serei normal? Também me lembro quando alguém do sexo feminino mexia nas minhas coisas, ainda hoje pergunto onde andarão determinadas coisas.
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(* 25% dos leitores para ser mais preciso, segundo os dados do sitemeter)
Dia 11-02-2008 Destino Liverpool.
Pela primeira vez voo na Ryanair. O quê já devem estar vocês a dizer. Pois é, depois de centenas de viagens nos últimos anos ainda não tinha experimentado a maior das low costs.
Primeiras impressões, pela primeira vez vi as entranhas do aeroporto Francisco Sá Carneiro (FSC) ao vivo, nada como ir com as malas da gare até ao avião, já tinha feito isto em vários aeroportos, mas era primeira vez no FSC.
Já se está a ver as low cost não se podem dar ao luxo de ter uma manga e o autocarro só serve para atrasar o “Boarding” além disso no FSC a passagem da imigração fica no piso de baixo (já daqui se tira a ilação do tipo de modelo de aeroporto pensado para o FSC).
Foi aqui que tive uma a ideia brilhante que estou a considerar apresentar à Boeing e Airbus para a criação de um modelo específico de avião destinado às low cost. Pensei porque não colocar as pessoas ainda no terminal nuns assentos tipo aqueles usados nos carrinhos das montanhas russas constituídos por módulos de 10 filas com 3 cadeiras por fila. Estes módulos seriam depois introduzidos no interior do avião pela cauda, isto optimizaria decerto o embarque e desembarque de passageiros, e evitaria a necessidade dos nazis (comissários de bordo que a Ryainair emprega) que com um megafone vão dando ordens para que os passageiros se sentem o mais depressa possível no primeiro lugar vago que encontrem. Há uns dias atrás um jornal Inglês, que agora não me recordo, publicava um artigo sobre “cattle Transportation”, revi-me nesse artigo.
A viagem começava bem, os “priority” passes tinham dado resultado e o avião já voava sobre o Norte desordenado de Portugal.
Estava eu bem sentado a tentar encontrar a melhor posição para pôr o sono em dia no moderno Boeing da Ryanair, quando sou sobressaltado pelo Nazi de serviço que pegando de novo no megafone, começou a apregoar todo um rol de produtos que a Ryanair coloca à disposição dos passageiros, incluindo mesmo a venda de espaço publicitário no avião. É neste momento que dava jeito o rei Juan Carlos para lhe dizer “Porque não te calas”. Entretanto o mesmo catálogo ia sendo distribuído pela companheira de armas do general nazi. Hora de ir buscar os meus “phones” e colocá-los no volume máximo... antes ficar surdo ao som de Hôtel Costes, Vol. 10.
A meio da viagem e estando a necessitar de repôr energias lá optei por comprar um croissant. Má ideia aquilo parecia estar morto há pelo menos 4 dias, ainda me lembrei de pedir factura e o livro de reclamações, mas nas circunstancias em causa o melhor era trincar o dito croissant e sorrir, porquanto fossem resistindo os dentes à investida no croissant de pedra, que a 10000 metros e sem pára-quedas é melhor não arranjar chatices.
Tempo para por os olhos na minha Economist, já que dormir estava fora de questão, quando dou por mim tenho o ajudante do nazi ao meu lado a perguntar se quero comprar a raspadinha da sorte da Ryanair, naquele momento o único prémio que queria ganhar era o término rápido da viagem.
Londres à vista (ou melhor o aeroporto de Stansted, que consegue ficar ainda mais longe de Londres do que o novo de Alcochete dista de Lisboa)
Belo dia à vista, isto promete…aterragem em 10 segundos, prummm ptãoooo ptãooo. É lá… há muito tempo que não tinha uma aterragem destas por momentos fez-me lembrar uma aterragem de um monomotor que há uns anos eu e um grupo de malucos aluguamos na África do Sul, e em que em plena descolagem e na altura em que o piloto puxava a manche do avião para trás, o assento deste partiu-se e nessa altura o piloto teve a feliz ideia de largar a manche. Consequência mergulho do avião na pista.
Hoje e após mais um vôo com pilotos britânicos, neste caso da BA descubro que afinal este é o modo de aterrar dos pilotos ingleses, tentam aterrar um avião como de um helicóptero se tratasse, primeiro na vertical e depois um segundo saltinho para prosseguir na horizontal. Concluo que todos eles devem ter passado pela RAF, e que essa forma de aterrar deve ter sido apreendida com a pilotagem dos aviões de combate Harrier que podem levantar e aterrar na vertical.
No fim de tudo tenho é que agradecer à Ryanair pela gloriosa viagem, sempre dá para escrever qualquer coisa, caso contrário não havia nada a dizer. No momento que escrevo estas linhas vôo na TAP sobre a França e não tenho assunto a escrever a não ser que me safei de mais uma low cost por causa do belo temporal que assolou LX hoje de madrugada e manhã e que me levou a ficar 2 horas e meia, parado no trânsito.
Bem siga para Liverpool, temos “road trip ahead”.
